domingo, 17 de abril de 2011

Um Grito pela República


Amigos do CFC! Esta é a última coluna da série sobre os farrapos. Espero que gostem. Todos os textos estão disponíveis no meu link acíma.

O coronel João da Silva Tavares tinha sido o único dos comandantes da Guarda Nacional a permanecer fiel ao Império. Era compadre de Bento Gonçalves, mas não aceitara o convite para conspirar e derrubar o presidente da província. Ao contrário, foi um dos primeiros a pegar as armas, em defesa das posições imperiais.
No primeiro confronto armado entre as duas forças, em 13 de outubro de 1835, Tavares comandou as tropas que impuseram uma derrota aos farrapos do Arroio Grande, perto de Pelotas. Pouco depois, com o avanço das tropas farroupilhas por toda a província, ele emigrou para o Uruguai.
Mas agora, quando a Revolução completa um ano, Tavares retorna ao território brasileiro, “com alarido, como num passeio militar, chamando a atenção dos adversários”. Ele segue às margens do Rio Jaguarão, no município de Bagé, território de Antônio de Souza Netto, a figura mais respeitada da força farrapa depois de Bento Gonçalves. Tavares faz alto junto ao Arroio Candiota. Netto sai ao seu encontro. Tavares posiciona suas tropas no topo da coxilha. Netto posta-se no baixio, depois de atravessar o Arroio Seival. Segundo o historiador Othelo Rosa, Tavares tinha 560 homens e Netto, 430. Depois das cargos de fogo, as duas forças se atracam à lança e à espada. Os imperiais levam vantagem no primeiro embate, quebra-se o freio do cavalo de Tavares, o animal dispara e causa enorme confusão entre os que lutavam. Refeitos, os homens tentavam reagir, mas o oficial que comanda o ataque é ferido na coxa, cai do cavalo e sua gente se dispersa. “Silva Tavares, completamente destroçado, deixa no campo 180 mortos, 63 feridos e mais de 100 prisioneiros”, escreve Othelo Rosa. Segundo outros historiadores, as baixas dos farrapos foram mínimas. A vitória sobre os imperiais na batalha do Seival foi tão completa, tão entusiasmante, que Netto, instigado pelos liberais exaltados de seu exército, toma uma decisão gravíssima dois dias depois. Ainda no acampamento, e diante da tropa perfilada, ele proclama a República Rio-Grandense, separada do Brasil. Netto era comerciante, criador de cavalos de corrida e tinha relações nos dois lados da fronteira. Tinha 32 anos era capitão da guarda nacional quando seu grande amigo Bento Gonçalves tomou o poder. Nas batalhas, era um valente, que avançava a frente da tropa. “melhor cavaleiro que Bento, só Netto”, dizia o italiano Garibaldi, que se incorporaria aos farrapos mais tarde.
Bento recebeu a noticia quando estava acampado em Viamão, soube da proclamação da República, da escolha da capital – Piratini, cidade a meio caminho entre Pelotas e Bagé, e que Bento era o único candidato e presidência. O chefe farroupilha, que estivera tentando retomar Porto Alegre, levanta acampamento com seu exército de mais de mil homens e se movimenta, guardando grande distância da capital. Avisado o comandante Bento Manoel Ribeiro desloca as forças imperiais para a região do Triunfo. As tropas terrestres são lideradas por José Joaquim de Andrade Neves. Jhon Pascoe Grenfell, um mercenário inglês a serviço do Império, vai pelo Jacuí com suas escunas e canhoneiras. Em 2 de outubro, Bento Gonçalves posta-se com 500 homens numa colina e atravessa o restante de suas tropas em pequenas balsas para a ilha de Fanfa.
No dia seguinte ao cruzar o Jacuí, os farrapos foram impelidos pela frota de Grenfell. No mesmo momento as forças de Andrade Neves dizimavam as forças farrapas na colina, os que estavam na ilha resistiram mais um dia. Em 4 de outubro, com centenas de mortos e feridos, obrigaram-se à rendição.
A derrota em Fanfa foi definida como um desastre, praticamente dissolveu as forças farrapos, e seus chefes principais - Bento Gonçalves, Onofre Pires, Pedro Boticário, Corte Real e Lívio Zambeccari, foram para a prisão. Restavam as forças de Netto e outras da campanha. Com a vitória de Fanfa o império julgou que a revolta tinha acabado e fez um jogo duplo: ofereceu anistia aos que a pedissem, mas ao mesmo tempo suspendeu as garantias constitucionais. Netto desconfiado decidiu continuar lutando, com tropas no Piratini para garantir a liberdade e a organização daquela novíssima república.
Depois de uma estada em Presiganga, os farrapos presos em Fanfa foram enviados para o Rio de Janeiro. Bento foi para a Fortaleza da Laje, junto com Lívio Zambeccari. Os outros para a Fortaleza de Santa Cruz. Quando Onofre Pires e Corte Real fugiram da cadeia, os imperiais transferiram Bento para o Forte do Mar, na Baía de Todos os Santos, em Salvador. Enquanto os farrapos esperavam o seu líder, os farrapos organizavam a nova nação. Em 5 de novembro de 1836, a câmara municipal de Piratini oficializou a proclamação da República Rio-Grandense.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Conquista da capital

  
Olá amigos do CFC! Aqui está a segunda parte da série que começou semana passada sobre a Revolução Farroupilha.

O 20 de setembro de 1835 ainda não havia amanhecido quando José Gordilho de Barbuda, o Visconde de Camamu, comandante da guarda do governo, desceu com sua tropa pela Estrada da Várzea (atual João Pessoa). Ia conferir a informação de que tropas rebeldes estariam acampadas pouco além da ponte da Azenha, pronta a atacar a capital. Estavam aquém da ponte. Um, piquete de 30 homens, chefiados pelo capitão Manuel Vieira da Rocha, recebeu as forças imperiais à bala e à espada. O presidente da província, Antônio Fernandes Braga, desconfia que seu governo está chegando ao fim. O presidente convocou os chefes militares restantes, correu para o Arsenal, na ponta da península, e ficou à espera de reforços. Apresentaram-se apenas 17 homens, percebem do fim, raspou os cofres e desceu para o porto, onde embarcou na escuna Rio-grandense.

 O maior dos caudilhos

Quando Bento Gonçalves nasceu, em 23 de setembro de 1788, na Estância da Piedade, em Triunfo, seus pais queriam que ele se se dedicasse à vida religiosa. Com o destino nas próprias mãos, Bento se sentiria tentado a mudar coisas deste mundo. Em 1835, três dias antes de completar 47 anos, era aclamado como o grande líder da Revolução Farroupilha.
A carreira militar era mesmo a vocação de Bento, mas ela só se manifestaria quando ele tinha 23 anos. Em 1811, apresenta-se à Companhia de Ordenança de D. Diogo de Souza, que preparava a invasão da Banda Oriental (futuro Uruguai). Bento dispensado como excedentes seis meses depois, compra uma estância, chamada Leonche, e se fixa em definitivo na região. Casa-se em 1814, aos 26 anos, com uma Uruguaia. Nessa época muitos Rio-grandenses já haviam se estabelecido na banda oriental, já anexada ao Brasil. Alguns tinham aderido ao movimento republicano, inclusive naturalizando-se para melhor participarem da luta dos federalistas. Em até 1825 Bento manteve relações amistosas com republicanos, federalistas e artiguistas uruguaios. Muitos o visitava na Fazenda da Leonche. Quando estoura a guerra de libertação da banda oriental, em 1825, a casa comercial de Bento é destruída e a Fazenda Leonche saqueada. E Bento se transfere para sua estância Cristal, em Camaquã, e experimenta a derrota na batalha de Passo do Rosário, em 1827. Sua formação nacionalista se completa com a entrada na maçonaria, em 1830, e nas lutas contra sociedade militar. Em 1833, como comandante da fronteira de Jaguarão, sofre um duro golpe: influenciado por integrantes da sociedade militar, o presidente da província, José Mariani, acusa Bento de conspiração com rebeldes uruguaios para anexar o Rio Grande a Cisplatina. Chamado à corte, junto com o major João Manuel, Bento magnificamente de um exemplo de sua capacidade de convencimento. Ao fazer a própria defesa diante do padre Feijó, ministro da justiça com poderes excepcionais, não só provou sua inocência como derrubou o acusador. A seguir indicou o novo presidente da província, Fernandes Braga. Braga fez a mesma acusação em abril de 1835, pouco depois de Bento Ter sido nomeado comandante da Guarda Nacional do Rio Grande do Sul. Caiu no ridículo por não Ter como prová-la. O primeiro racha na frente farroupilha aconteceu menos de três meses depois. O novo presidente da província, José de Araújo Ribeiro, nomeado pelo governador central, não era homem de plena confiança.
Em 3 de março de 1836, o governo central ordena a transferência de todas as repartições públicas para o Rio Grande. Era o sinal de que não haveria acordo. Os farrapos aceitam a radicalização, e no mês seguinte seu comandante das armas, João Manuel de Lima e Silva, prende em Pelotas um dos mais populares oficiais do exército imperial, o major (mais tarde marechal) Manuel Marques de Souza a seguir, trancafia-o no Presiganga, barco–prisão ancorado no Guaíba, acelerando a marcha para a ruptura definitiva. Imediatamente os imperiais planejaram a retomada da capital. Isso aconteceu na noite de 15 de junho. O tenente Henrique Mosye, um alemão integrante das forças imperiais que estava preso no quartel do 8º BC, em Porto Alegre, subornou a guarda e libertou 30 soldados. O grupo surpreendeu patrulhas, tomou vários pontos estratégicos e libertou Marques de Souza e outros 12 oficiais que estavam detidos no Presiganga. O presidente da província, Marciano Ribeiro, foi preso e, em seu lugar, colocado o marechal João de Deus Menna Barreto.
Duas semanas depois, Bento Gonçalves ainda tentou reconquistar a cidade, mas suas forçar foram repelidas depois de três horas de luta. Entre 26 de junho de 1836 e 8 de dezembro de 1840, com dois intervalos, Porto Alegre sofreria um total de 1.283 dias de cerco, mas os farrapos nunca mais conseguiriam retomá-la.

terça-feira, 5 de abril de 2011

A todos que acompanham este site, saúde e paz

Por: Elton Bacchi
Meu nome é Gomercindo Helton Bacchi , trabalho na Contadoria do Foro Central de Porto Alegre, desde o mês de Maio de 1992, completando neste ano 19 anos de trabalho. Minha função atual é de escrevente ( planilhador ) . No decorrer desses anos trabalhei exercendo as funções no departamento pessoal ( admissão , demissão , elaboração da folha de pagamento e encargos sociais ) no tempo do Contador Edemar Costi . Hoje com o novo Contador Dr. Luiz Alberto Rodrigues Jardim, planilho processo da Vara da Fazenda .
 Era o que queria relatar, peço dispença , desejando a todos , paz e respeito
 Porto Alegre, 26 março 2011
GHB

domingo, 3 de abril de 2011

A Homenagem no gre-nal

Por: Lucas Nácul
O nosso primeiro gre-nal na HD Esportes foi muito bacana.Das 19:30 as 20: 30 teve o gre-nal valendo a primeira taça.
 O jogo foi vencido pelo grêmio por 5 x 4 num jogo que valeu até gol perdido pro Fantástico no quadro bola murcha e outro no IFC ( inacreditável futebol clube )
 Após o jogo tivemos churrasco feito pelo nosso colega Cristiano e bebidas ( caixa de ceva e refri )além da entrega da camisa que foi sorteada e teve como vencedora Inede que foi a que tinha mais chances pois comprou 25 números .
 Ainda tivemos uma placa dada pelo nosso colega Marco Silva em nome do time ao colega que está fazendo 35 anos de Contadoria , Eduardo Cetut.
Veja a foto:

Compareceram quase todos os sócios  .
 Eduardo ficou sem jeito nesta homenagem feita por todos e falou que não esperava , mas , faz jus pelo que fez e vem fazendo pela nossa Contadoria. Entrou na época de meu avó Egydio Costi passando por todos os lugares que foi a Contadoria . Esta foi uma justa homenagem ao colega que passou boa parte da vida atuando no Poder Judiciário do nosso Estado